08 fevereiro 2007

EmPACado

Durou pouco. O PAC não vai salvar a lavoura, e vai ficando cada vez mais claro que o adágio está correto: o otimista é um pessimista mal informado. Como informa o Estadão, o PSB (partido da base do Governo) não acredita no Plano d´O Barba. O Análise Crítica do PAC, divulgado semana passada pelo PSB, nos dá dois exemplos, que ilustram o conjunto de falácias: o salário mínimo vai crescer no máximo 50% do pretendido, e "O PAC terá influência pequena sobre o crescimento [da economia], que dificilmente atingirá 4,5 a 5%, como prevê o governo".
Acabou? Claro que não. O
PSB trata o plano como efetivado, mas a coisa nunca é simples na República Federativa do Brasil. Fernando Rodrigues informa que a aprovação do pacote de medidas está mais enrolado que novelo de lã. Como é dando que se recebe, o PMDB só vai tratar disso depois de saber seu pedaço na Esplanada dos Ministérios. E O Barba só vai decidir isso depois de escolhido o Presidente do PMDB. A cereja do raciocínio eu deixo para o líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves:
"Agora chegou a hora das nomeações para o ministério. Sem elas, com a bancada insatisfeita, não se aprova nenhum projeto do PAC por aqui". Depois, não adianta reclamar da reportagem da The Economist, que pergunta se o Congresso Nacional do Brasil é um parlamento ou um chiqueiro.

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