27 fevereiro 2007

Ai, que medo!

Fernando Collor de Mello vivia resmungando que o tempo seria o senhor da razão. Errado. Na República Federativa do Brasil o tempo é o senhor da desrazão.
Pois não é que o Chefão Meirelles resolveu usar da sua perspicácia para nos prevenir contra desastres futuros? A Folha on-line publicou matéria em que o cidadão avisa que a recente queda do índice Bovespa, na esteira de quedas nos índices de bolsas de outros países, é um "aviso para que tenhamos prudência." Traduzindo para o bom português: nada de pensar em diminuições significativas nas taxas de juros do país. Correto, ainda bem que temos a nossa dispor a clarividência de um sujeito que fez carreira e fortuna trabalhando para a Banca internacional. Assim, fica fácil aceitar os tropeços econômicos gerados pelos juros mais altos do planeta. Vou tocar a casa cabeluda tranquilo, já que o Meirelles está cuidando do meu futuro econômico.
Onde está a desrazão? O Meirelles foi nomeado pelo Governo do PT para cuidar do Banco Central. Quando o Governo Tucano contratou o Armínio Fraga (que tinha feito carreira e fortuna com o George "queda das bolsas asiáticas" Soros) para cuidar dos pilas da República, o PT saiu com a seguinte metáfora: chamaram a raposa para cuidar do galinheiro.
A metáfora continua adequada. Só mudaram os personagens e não sobrou ninguém para repeti-la.

Nenhum comentário: