28 fevereiro 2007

Uma bolsa para o cético

O Doug não quer falar com o Emo em 2032. Procurem o comentário desaforado no post tô cô Emo...

Bom, as coisas podem mudar com a bolsa que ele ganhou para aprender a navegar na Escola de Sagres. Se ele for um aluno aplicado, talvez ele não só consiga falar com o Emo como também vai poder trocar cafungadas com o deprimido. Pelo menos é a previsão de uma pesquisa realizada na Coréia do Sul, que entrevistou três mil e quinhentos especialistas em tecnologia. Os nerds disseram que em menos de uma década poderemos transmitir aromas com a mesma facilidade com que transferimos arquivos hoje. A notícia é do JB on-line, onde o leitor pode conferir detalhes sobre a promessa da turma do outro lado do planeta.
Imaginem, poder postar o odor do Planalto.... Os miasmas da República...

Esperança

Como diz o Bruxo: a gente é brasileiro, não desiste nunca. Pois o Valente acredita nos incrementos do salário mínimo que serão gerados pelo PAC (Plano de Aceleração de Coisíssimanenhuma). Pelo menos foi isso que eu depreendi pelo e-mail que ele enviou...
Não! Fui reler o e-mail, e só agora notei que na verdade foi a esperança deu lugar ao cinismo...

República a Emo

Melhor que acompanhar o noticiário político, é rir do noticiário. A última opção antes do desespero.
Nossa República passou por uma reforma no final dos anos 1980. Fez-se uma nova Constiuição, que deveria ordenar nosso sistema político. Infelizmente, fazendo eco aos escritores autoritários brasileiros do início do século XX, o Brasil Real continuou descolado do Brasil Legal.
Foi projetado um arranjo onde as forças políticas seriam canalizadas institucionalmente, dando um norte para a vida nacional. Ótimo. Faltou combinar com a canalhada que ficou no timão.
A construção de uma base de apoio parlamentar é um dos pontos deste arranjo. Fundamentalmente democrática, a idéia era levar o Executivo a conversar com o Legislativo, tornando as decisões governamentais alinhadas com as vontades gerais dos cidadãos. Como o Brasil Legal está a milhas do Brasil Real, de lá para cá o que se assiste é a compra de parlamentares. FHC fez isso. O Barba fez, e agora está fazendo novamente. A charge do Angeli, publicada na Folha de São Paulo de hoje (a Zelite confere aqui) é um instantâneo do fenômeno.
Parlamentares ávidos por prebendas, sendo alimentados por um Presidente que passou anos criticando este tipo de relação. Como bem me avisou o Treviso: a República está a Emo... UhauuHaaul

27 fevereiro 2007

Ai, que medo!

Fernando Collor de Mello vivia resmungando que o tempo seria o senhor da razão. Errado. Na República Federativa do Brasil o tempo é o senhor da desrazão.
Pois não é que o Chefão Meirelles resolveu usar da sua perspicácia para nos prevenir contra desastres futuros? A Folha on-line publicou matéria em que o cidadão avisa que a recente queda do índice Bovespa, na esteira de quedas nos índices de bolsas de outros países, é um "aviso para que tenhamos prudência." Traduzindo para o bom português: nada de pensar em diminuições significativas nas taxas de juros do país. Correto, ainda bem que temos a nossa dispor a clarividência de um sujeito que fez carreira e fortuna trabalhando para a Banca internacional. Assim, fica fácil aceitar os tropeços econômicos gerados pelos juros mais altos do planeta. Vou tocar a casa cabeluda tranquilo, já que o Meirelles está cuidando do meu futuro econômico.
Onde está a desrazão? O Meirelles foi nomeado pelo Governo do PT para cuidar do Banco Central. Quando o Governo Tucano contratou o Armínio Fraga (que tinha feito carreira e fortuna com o George "queda das bolsas asiáticas" Soros) para cuidar dos pilas da República, o PT saiu com a seguinte metáfora: chamaram a raposa para cuidar do galinheiro.
A metáfora continua adequada. Só mudaram os personagens e não sobrou ninguém para repeti-la.

Aquecimento Global VIII - o retorno do recalcitrante

Agora que a audiência do blog está nas alturas, vejo que queimei pólvora com chimango, ao falar do aquecimento global semanas atrás.
No blog do Marcelo Tas tem um post falando do assunto. Ou melhor, da repercussão do assunto. Na mesma semana em que Al Gore recebeu um oscar pelas verdades inconvenientes que projetou pelos cinemas, foi divulgado que aumentou em 213,6 % a procura pelo termo "aquecimento global" na rede neste mês.
Ganharam os dois leitores do blog, que leram os posts neolíticos. O pior é que nenhum dos dois acredita na ebulição do planeta.
Continuo com o emo :(

26 fevereiro 2007

Marasmo

O calor continua e a República segue abafada. Lamentavelmente, continuamos as voltas com os charlatões de sempre. Assim, melhor é ler alguma coisa sobre uma outra república, uma praça pública. A situação em que ela se encontra é emblemática do Brasil. A Praça da República, em São Paulo, é um retrato acabado das mazelas desta nossa República modorrenta....

Terapia Nacional

25 fevereiro 2007

Educação

23 fevereiro 2007

...

A canalhada que toma conta da República me entedia. Todos. Com ou sem barba. Falando bem ou não o português. Com Mobral ou Doutorado. Bem vestidos ou jecas. Todos. Acho que vou esquecer tudo isso, e fugir para a música. Sugiro o mesmo para os três leitores do blog.
Como continuo obcecado pelo Arctic Monkeys, fica aqui uma boa alternativa: quatro vídeos para ocupar estes dias abafados. Esqueçam a política partidária brasileira. Ela é um lixo.

22 fevereiro 2007

Lambança

No post sobre o carnaval, levianamente sugeri que o dinheiro que irriga os festejos de Momo no Rio de Janeiro viria da contravenção. Bom, nem fui tão leviano assim. A Zelite, que é assinante da Folha de São Paulo, pode conferir hoje uma entrevista com a antropóloga Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti, autora de "Carnaval Carioca: dos Bastidores ao Desfile". Sintomático do contéudo é o título da entrevista: Dinheiro das Escolas é obscuro.
Perguntada sobre qual seria o significado da transferência para os contraventores, por parte do poder público, da organização do Carnaval, a antropóloga de nome quatrocentão lasca: "É um dos grandes pontos de tensão. Obviamente, o papel deles [bicheiros] na organização do desfile foi modernizador. Mas é paradoxal, porque é uma modernização associada a códigos não-modernos, como patronagem, clientelismo e falta de clareza dos mecanismos de circulação monetária. Até nos patrocínios de empresas os valores não são claros, não se sabe quem exatamente recebe, como o dinheiro entra na escola. Esse dinheiro é obscuro. Não digo que a finalidade dele seja ilegal, mas é obscura a circulação dele."
Então, ficamos assim. Sendo o financiamento da maior festa carioca (ou do País, diria um Policarpo Quaresma) feito com dinheiro sujo, não dá para reclamar quando arrastam crianças pela rua.

Um instantâneo de Brasília nestes dias de especulação ministerial

21 fevereiro 2007

Tô cô Emo

Assim, até o mais pio dos cristão desanima. Finalmente uma coisa boa de 2006. O Barba conseguiu fomentar a comercialização de 1.500.000 desktops com Linux instalado. Se os dois leitores do blog não compreeenderam a importância da coisa, precisam ler mais sobre software livre, sob pena de não conseguirem se entender com os Emos em 2032. Pois bem, parabéns para O Barba. Pena que quando a República acerta, o populacho erra. As estimativas aceitas por todos os envolvidos no projeto indicam que 70% dos usuários abandona o Linux no curto prazo, optando por outro sistema operacional. Como o sujeito entrou no programa para comprar o PC a preços convidativos, suponho que ele não vá comprar o software proprietário. Logo, prefere ser tratado como ladrão pela indústria, quando roda um software pirata, do que usar o software livre que O Barba mandou. Como diz o Emo: tém kici fudéé mexxxmo!!!

20 fevereiro 2007

Carnaval 2007

Eu fico nauseado com as imagens do carnaval. Os defensores da suposta cultura nacional que me desculpem, mas é nojento. Como assim? De onde brota tanta alegria? Não passaram os últimos 15 dias me atordoando com as imagens do tal menino? O surpreendente é que o Rio de Janeiro, sendo local deflagrado, consiga realizar uma festa em meio a uma guerra civil. E os recursos utilizados para montar os festejos de Momo? Se são públicos, deveriam ser investidos em algo mais necessário, mais útil. Se são privados, são oriundos da contravenção. O carnaval e a violência possuem o mesmo motor. Uma engrenagem azeitada pela leniência do Poder Público numa cidade que faliu. O carnaval do Rio de Janeiro é a cara do Brasil. No fim, os defensores da cultura popular estão cobertos de razão.

17 fevereiro 2007

...

16 fevereiro 2007

Antena

Os dois leitores do blog podem se considerar pessoas antenadas. Lépida, lá se vai a modéstia...
Delirando com o Baluf, sugeri o Arctic Monkeys. Pois eu não sabia, mas os caras quebraram tudo no Brit Awards, levando os prêmios de melhor banda e melhor álbum britânico. A Zelite, que pode pagar assinatura do UOL, confere os detalhes na matéria que a Folha de São Paulo publica hoje. Como convém a um grupo realmente cool, eles não foram ao evento, preferindo mandar um vídeo non sense para agradecer o mimo.
No site da banda é possível assistir a gurizada em ação. Pode ir lá sem medo, que a coisa é simples. Eles estimulam a distribuição grátis de suas músicas. O primeiro álbum, Whatever People Say I Am, That's What I'm Not foi registrado por uma gravadora somente depois de já ser mundialmente famoso. Era fácil fazer o download...

Inclusão

15 fevereiro 2007

Instalou-se o delírio

Se eu tivesse talento para a escrita, iria fundar uma nova escola literária. Escreveria livros sobre um país que delira coletivamente. Outro dia sugeri que O Barba flertava com a esquizofrenia. Estava errado. A esquizofrenia é o motor da política por aqui.
Nos meus livros, numa espécie de delírio, as personagens cometeriam atentados frequentes contra o bom senso. Para construir os perfis das criaturas, já que não tenho criatividade, utilizaria o noticiário brasileiro destes dias como inspiração. Ou apenas faria uma transcrição. Fundaria uma nova perspectiva sobre a compreensão do Brasil. Seria um Gabriel Garcia Marques ilhado. Imaginar o Parlamento destes livros seria fácil. Vou copiar mesmo...
Título de uma matéria da Folha de São Paulo: Em seu 1º discurso na Câmara, Maluf cobra mais rigor contra infratores do fisco.
Instalado o descompromisso com a realidade, um pouco de Arctic Monkeys:
What do you know?
Oh you know nothing!
But I'll still take you home
Yeah, I'll still take you home
What do you know?
Oh you don't know nothing!

14 fevereiro 2007

Obituário

Morreu Bandida, a cadela universitária que morava conosco desde novembro passado. Foi vítima da displicência de quem se apresentou como responsável pela promoção e manutenção de seu bem-estar. Finalmente estou me comportando como um Republicano brasileiro. Quem quiser acompanhar a contagem das vítimas dos bons Republicanos do Rio de Janeiro, pode acessar o Rio Body Count. Isso mesmo: uma página contando o número de mortes violentas na Cidade Maravilhosa. Já temos 132 mortos e 68 feridos nos últimos 14 dias. Que tal?

11 fevereiro 2007

...

10 fevereiro 2007

Delírio

O Barba está fora de órbita. Durante a inauguração de uma fábrica da Nestlé em Feira de Santana (BA) ele teve outro surto esquizofrênico:

"Nós estamos vivendo um momento na economia brasileira, em que eu posso olhar na cara de cada um de vocês, empresários, políticos e trabalhadores, e dizer [que] não há momento na história econômica do Brasil em que a gente esteja vivendo um momento tão auspicioso para que a gente possa atrair investimentos, seja do capital interno, seja do capital externo."



09 fevereiro 2007

Saqueando...

Roubei a imagem do Blog do Tas. Quem for conferir a fonte, ainda pode conhecer melhor a família Sarney e acompanhar algumas de suas travessuras... Cuidado cô coroné!

...

Enquanto eu escrevia o post anterior foi noticiado que um jornalista foi executado no Rio de Janeiro. O Haiti é no Rio!

Que tal um pouco de violência?

Apesar da história indiana mostrar que o pacifismo pode ser eficaz (e não conheço esta história o suficiente para saber a real efetividade da não-violência defendida por Gandhi), um pouco de violência não faria nenhuma mal ao Brasil. A do Rio de Janeiro não vale, já que completamente desprovida de sentido político, constituída justamente no vácuo da política institucional. Ou, pelo menos, gritar. Foi o que alguns passageiros fizeram, ao tentar invadir a pista do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. No relato do imbroglio temos uma imagem do país: atraso, ineficiência, inépcia. Tudo cristalizado na tal crise aérea que não vai acontecer, segundo as otôridade.
Invasão de pista de aeroporto é coisa pouca. Quero mais. I wanna destroy! Quero ver depredação de prédio público. Invasão de repartições. Enforcamento de Barnabé nos mastros das bandeiras (todas devidamente incineradas). Fogo e correria. Pior não deve ficar. Ao menos, para os que não estão lendo isso agora. O populacho conhece este cenário de traz para frente. Faz parte do pacote. Alguem tem o e-mail do Bruno Maranhão? Vou contratá-lo como organizador dos eventos, com uma condição: tem que trocar o vermelho pelo preto. Ou, no mínimo, usar os dois...
Para embalar o delírio, dois cenários que muito me agradariam. As duas sugestões de caos programado (um mais niilista que o outro) p0dem ser obtidas nas melhores locadoras. V de Vingança tem como cenário uma Inglaterra totalitária e o protagonista tem classe e muitos explosivos. Clube da Luta também tem uma queda por explosões, além da vantagem mais atraente: violência gratuita.
A sorte da República é que ela foi sediada longe, muito longe. Dá até preguiça de ir explodir o Congresso, de tão longe. No fim, a fortuna acaba sorrindo para os inquilinos dos palácios. Tendenciosa...

Agora vai...

08 fevereiro 2007

EmPACado

Durou pouco. O PAC não vai salvar a lavoura, e vai ficando cada vez mais claro que o adágio está correto: o otimista é um pessimista mal informado. Como informa o Estadão, o PSB (partido da base do Governo) não acredita no Plano d´O Barba. O Análise Crítica do PAC, divulgado semana passada pelo PSB, nos dá dois exemplos, que ilustram o conjunto de falácias: o salário mínimo vai crescer no máximo 50% do pretendido, e "O PAC terá influência pequena sobre o crescimento [da economia], que dificilmente atingirá 4,5 a 5%, como prevê o governo".
Acabou? Claro que não. O
PSB trata o plano como efetivado, mas a coisa nunca é simples na República Federativa do Brasil. Fernando Rodrigues informa que a aprovação do pacote de medidas está mais enrolado que novelo de lã. Como é dando que se recebe, o PMDB só vai tratar disso depois de saber seu pedaço na Esplanada dos Ministérios. E O Barba só vai decidir isso depois de escolhido o Presidente do PMDB. A cereja do raciocínio eu deixo para o líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves:
"Agora chegou a hora das nomeações para o ministério. Sem elas, com a bancada insatisfeita, não se aprova nenhum projeto do PAC por aqui". Depois, não adianta reclamar da reportagem da The Economist, que pergunta se o Congresso Nacional do Brasil é um parlamento ou um chiqueiro.

06 fevereiro 2007

Momento Republicano

A República realmente conta com homens pouco republicanos. Talvez seja este o grande entrave do país. Quem sabe um PAC (Plano de Atenção ao Cidadão) fosse adequado. A primeira medida seria impedir o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, de entrar em contato com os paulistanos.
Se o alcaide não consegue aturar um cidadão descontente, e o enxota de uma dependência pública, não deveria continuar envolvido com a administração pública.
Aliás, chamar o sujeito de vagabundo foi exagero. Se fosse o contrário, seria compreensível...

05 fevereiro 2007

Quiz

01 fevereiro 2007

Boa sorte...